8 de dez. de 2011

Memórias

   Uma velha caixa de sapatos guardando tantas lembranças em frágeis pedaços de papel, coisas que o medo me aflige por não querer esquecer. Abismos criados entre pessoas que um dia foram amadas, e um tênue fio como uma corda bamba convida a me arriscar e atravessar, tentar ir para o outro lado mais uma vez, uma velha piada que eu já conheço, pois não haverá ninguém do outro lado esperando. Amigos, amores, irmãos de alma, tantos que se foram sem nem perceber porque.
   Anos e vidas que passaram voando por mim e eu nem sei ao certo se fiz alguma diferença ou não. É que eu tenho essa coisa incorrigível de mantes todos meus sentimentos mesmo quando as pessoas já se foram. E isso corrói por dentro, ah e como. Vivi anos em dias, e um dia em anos, jeito complicado de explicar como as coisas vêem acontecendo dentro de mim, e uma coisa é certa o tempo não é o melhor dos remédios, nem nunca será. Mas a maneira que se tem é continuar em frente sem tentar olhar muito para trás.




Beijos
Natália Moraes Costa