1 de dez. de 2012

física quântica


pra mim não precisa ser perfeito, tem que ser encaixe, assim como em um quebra cabeças...
tem que encher as virtudes com defeitos e ambos encontrem um equilíbrio,
pois aquilo que é igual soma,
mas aquilo que é diferente completa e evolui...
e aí está a resposta para qualquer forma de amor!

16 de nov. de 2012

Partituras

Partituras em silêncio, todos são capazes de ouvir,
porém ninguém pretende entender o que se esconde em notas e sons
o silêncio se torna mais forte
sem precisar de uma palavra, apenas um tom
sinto, exalo, explodo, tudo que deixei guardado
sem ser preciso nada mais do que um acorde para o despertar de tudo
tudo que se deixou trancado, um cânone de sentimentos e reflexões
partituras que escondem histórias jamais escritas
são capazes de cravar através do tempo o que jamais uma palavra conseguirá...
desarmando muros a muito construídos
deixando a alma a mercê de desejos infames e brincadeiras cruéis
partituras gritam em silêncio aquilo que as vozes calam
pois não a nada mais profundo que cravar algo na alma
deixando para sempre a marca de um sentimento
que foi gritado através de uma clave de sol
que assim como carrega no nome tem de renascer através de novas histórias
através do tempo, e de sentimentos imutavelmente mutáveis...



Beijos
Natália Moraes Costa

1 de out. de 2012

Brincadeiras Infames


   Eu nunca desisti, nunca deixei um sentimento pelo caminho... Sempre carreguei todos comigo, compartilhar ah isso eu já fiz, o problema é que as pessoas acham que por não ser algo que se paga pode-se usufruir como bem entender. O que se esquece, é que dentro de cada sentimento doado e compartilhado um pedaço da pessoa está junto.
   É tanta informação e tão pouco pensamento, as pessoas esquecem de desligar o automático e acabam fazendo tudo àquilo que não devem umas com as outras. Queria lembra-los humildemente que ainda existem seres humanos pensantes na terra e que esses mesmos sentem, e olha sentem mesmo. Não tem essa coisa de meio termo, de morno, ou gosta ou não fim da história. Deixem as brincadeiras para os bonecos, pois as pessoas se machucam de verdade e tem certas coisas que o tempo não melhora, porque se tempo fosse remédio, na farmácia só venderia relógio...


Beijos
Natália Moraes Costa

25 de jan. de 2012

A Linha

"Eu sempre ando na linha, a culpa não é minha se ela entorta às vezes."

    A questão é que vivemos de pão e circo, que é o que o povo gosta não é mesmo?! O padrão já vem pré-determinado quando você nasce, e claro quem decide não é você. Filho de rico vira médico, filho de pobre vira bandido, é mais ou menos por ai que eu vejo o mundo se encaminhar. Essas pessoas acomodadas com o que dizem que elas deveriam ser, e não com o que elas querem ser. Até porque não foi dada a maioria a opção de escolha, a sociedade cria seus monstros e depois quer condena-los pelas leis banais e falhas do sistema.
    Uma linha de destino é traçada imaginariamente na nossa frente, e o que não percebemos é o que controla a intensidade com que ela fica cravada no chão é a nossa própria força, a cada passada que damos em cima dela, uns podem achar cômodo dizer que tudo já estava "predestinado", pra mim isso não passa de blá blá blá. Eu posso até dar uns passos tortos e parecer uma bêbada perambulando em ziguezague por não seguir o que todos acharam ser melhor pra mim, mas eu me divirto com isso, em ver o que meus pés podem fazer em cima daquilo que eu escolhi como meu caminho.
    Nada impede ninguém de dar a ré e arrancar de outro ponto, de virar a direção apagar a linha, não andar na linha. Eu não nasci com amarras e vou morrer voando. Você olha e me diz que eu não vim de uma favela, que eu não sei o que é passar fome, o que é não ter luz em casa, pois é eu posso até não saber, mas também tenho dentro da mente  fardos que ninguém além de mim poderia carregar. A vida não é injusta, as pessoas são, mas lutar não é negado a ninguém, errar não é pecado, e viver é muito mais do que aproveitar as chances. É fazer as oportunidades é arriscar viver aquilo que você quiser e não o que acham que deveria ser.
    Peguei minha caixa de lápis de cor e desenhei várias linhas no chão e com elas vou brincando de colorir, e vou vivendo as cores que me vem na mente, como uma criança pintando um quadro fazendo meu próprio caminho e tropeçando nos meus próprios pés. E quando a cor se esvair em tons de cinza vou pintar, e quando tudo acabar ao menos um rastro colorido e indefinido eu terei deixado para trás.


Beijos
Natália Moraes Costa