3 de jan. de 2011

"Meu Pedaço do Paraíso" / parteIII

Terceira parte da minha fic e espero que quem está lendo esteja gostando. Eu to tentando caprichar, mas como é minha prmeira fic deem um desconto ok?! Enfim galera eu juro que estou tentando terminar ela agora na quarta parte e por isso a quarta vai ser meio grandinha mas nada exagerado.Bom aproveitem a leitura.

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Então a longa história começou e eu estava concentrada e preparada para tudo que eu pudesse ouvir naqueles momentos que se seguiriam.


 - Há muitos anos quando Lúcifer um dos arcanjos de Deus “caiu” a força maior decidiu que eram necessários mais anjos e não apenas os sete, que haviam se tornado seis.  Então foi criada uma forma de hierarquia angelical no plano astral. Existem os arcanjos, serafins, querubins, e muitas outras classes, porém as principais são essas que mencionei. Todas as classes com exceção dos arcanjos tem a permissão de se projetar no plano terrestre e tomar a forma de seu avatar mortal, não podemos mostrar nossas asas para todos os humanos apenas para os escolhidos e elas só aparecem à noite. Pois é muito mais fácil esconde-las.
- O que você quer dizer com escolhidos? – Meu coração pulsava loucamente, parecia que eu havia adentrado numa história mitológica antiga e não conseguia assimilar muito bem tudo que estava acontecendo, então ele continuou.
- Essa é uma questão delicada, deixe-me explicar mais a você sobre todo o resto e ficará mais fácil.
- Acredito que essa história será mais longa do que imaginei, podemos nos deitar na cama e ficarmos mais confortáveis o que você acha?
- Como você preferir Cléo.
Nos dirigimos ao quarto e nos deitamos, ele tocou meus lábios suavemente com os dele e falou.
- Posso continuar?
- É claro me desculpe. – Sorri envergonhada por ter atrapalhado uma história tão complexa.
- Mas se você sentir vontade de fazer perguntas as faça, eu não me importarei com isso. Bem como eu estava falando, nós anjos assumimos os avatares mortais, e praticamente nos tornamos humanos, sentimos tudo que vocês sentem e temos as mesmas necessidades. A diferença é que possuímos asas e nos projetamos ao plano astral, claro algumas coisas são diferentes. Vocês humanos chamariam de super-poderes, temos um sexto sentido aguçadíssimo, força e velocidade maiores.
- Mas você pode morrer, aqui, agora?
- Sim.
- Mas de que adiantam os poderes então?
- Eles tornam mais fácil escapar de situações em que poderíamos perder nosso avatar.  De maneira que apenas não nascemos. Porém envelhecemos e morremos naturalmente.
- Não compreendo muito bem, e como vocês fazem para ter um nome, trabalho e essas coisas todas se vocês não nascem?
- Deus nos colocou aqui como guardiões, e protetores da vontade dele. E podemos criar em nossas mentes e transformar as coisas. Por exemplo, eu posso pegar um pedaço de papel aqui e criar uma carteira de motorista para mim como eu já fiz e possuo, e dentre isso estão todas as coisas que os humanos necessitam para serem “cidadãos”.
  Ele fez sinal de aspas quando falava essa palavra, como se fosse algo engraçado. Eu ri com o gesto e me senti mais tranqüila a história até agora não tinha nada de tão extraordinário.
- Bem que eu sempre desconfiei da história de “eu sou adotado, e meus pais morreram e não tenho mais contato com a família adotiva.” Era bem fantasiosa mas eu acreditei nela.
- E não é mentira, nós querubins podemos viemos ao mundo como bebês disfarçados por assim dizer, é angustiante ter a mente de um anjo e saber tudo que acontece estando no corpo de uma criança. Essa é toda a piada e a maldição da nossa vida corpórea.
- Como assim?
- Quando um anjo de qualquer classe decide vir a terra ele vêm com a sua mente eternizada e seu espírito de anjo, sabendo tudo que se passa, como posso lhe explicar de uma maneira que você entenda ...
- Eu acho que entendi, você quer dizer que tinha o mesmo conhecimento e a mesma compreensão de mundo que tem agora, mesmo quando era um bebê.
- Isso mesmo, essa é a minha garota, prestando atenção a todos os detalhes não é mesmo?!
- Sempre. Mas e como vocês surgem na terra?
- Nos materializamos em portas de orfanatos, porém sempre que viemos já existe uma família predestinada para nós. Como o destino de todos os humanos cruéis já está traçado, sempre somos adotados por pessoas que em treze anos irão morrer.
- O que?!
- Não faça essa cara de espanto, todos morremos um dia. Então, quando completamos os treze anos nossa família adotiva morre por algum motivo natural ou acidente. O que já estava escrito para ela. E apenas usamos o tempo restante delas para tentar salva-las entende? Fazer com que se arrependam e escolham o caminho do bem antes do fim. Por isso somos chamados de guerreiros ou protetores.
- Então é por isso que vocês vêem a terra, ou plano terrestre ou sei lá como vocês chamam?
- Essa é nossa missão obrigatória quando crianças e jovens, mas outras missões são nos dadas à medida que crescemos e nossa responsabilidade se torna maior.
- E que tipos de missões são concedidas a vocês?!
- Nós querubins normalmente assumimos o papel de protetores dos humanos, isso inclui destruir anti-cristos, feiticeiros, demônios, espíritos mal intencionados e qualquer coisa que venha a interferir ou devastar a fé dos homens.
- Acho que entendi toda essa coisa, mas tem algo que está me deixando com minhocas na cabeça.
- O que? – Ele perguntou com um sorriso travesso nos lábios, como se soubesse o que eu iria perguntar, seu hálito doce preencheu todo o meu sistema e minha mente deu um blackout, eu sabia o que queria perguntar, mas minha mente simplesmente esqueceu de como mandar o comando ate minha boca, e de repente ele estava em cima de mim, seu calor irradiando e quase queimando minha pele. O sorriso travesso ainda estava lá no rosto perfeito dele, seus olhos brilhavam como pérolas no fundo do mar, porém tinham uma ponta de tristeza e eu não compreendia o porque disso, mas não me importei pois o meu Nariel, meu anjo de asas negras, estava lá como sempre havia sido. Fiz uma nota mental de perguntar se todos os anjos possuíam as asas negras, e depois disso deixei que o corpo e as emoções me levassem.

Beijos 
Natália Moraes Costa

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