23 de nov. de 2010

Amadurecer demais, é perder.

   Sabe, quando agente nasce às coisas são tão simples, somos inocentes, sem maldade ao ver o mundo ou as pessoas, quando somos crianças a imaginação rola solta viramos astronautas, pilotos de avião, professores, veterinários e até super-heróis, e além de fingirmos ser como eles, acreditamos neles e nos finais felizes. A chuva nos faz feliz, o sol, o vento que bagunça nossos cabelos, rimos a toa, rimos a vontade, somos puros. Somos adolescentes com as piores dores do mundo e o exagero exacerbado de tudo a nossa volta, mas depois aprendemos a rir com isso, a dividir isso, ai agente cresce mais um pouquinho, e as coisas começam a ficar feias, a chuva incomoda, o sol é muito forte, o vendo estraga o cabelo! Ah, que ódio de mundo, que raiva dessas pessoas, tenho que trabalhar, tenho que fazer tudo que não quero, lembre-se há alguns anos atrás você ansiava por isso, você queria ser como seu pai e usar aquela gravata engraçada e sorrir como ele, quando chegava em casa aliviado, ou até mesmo ser como sua mãe sempre preocupada com a casa, em fazer a janta e cortar os dedos ao cozinhar, sim vocês queria tudo isso. O que aconteceu com você?! O que você fez com seus sonhos, sua força de imaginar um mundo melhor.
  O que somos capazes de fazer com nós mesmos no momento em que crescemos, deixamos as coisas simples e tão capazes de trazer sorrisos para trás. Pingos de chuva que formam desenhos na janela, os raios de sol que mudam a cor e o brilho de qualquer coisa que tocam, o vento que é capaz de trazer o perfume das flores ou de alguém esquecendo o cabelo que se embaraça ao seu toque. Perdemos tantas coisas no caminho do amadurecimento, da seriedade. Votaria por um mundo onde o irreal pudesse ser mais palpável e pudéssemos rir uns dos outros sem egoísmos ou venenos entranhados em nós. Deixamos para trás junto com a nossa inocência promessas nunca cumpridas, que fazemos o desfavor de esquecer, amizades verdadeiras mesmo infantis que poderiam prevalecer com o tempo. Falando em tempo dizem que ele é o melhor remédio, pois tenho o prazer de discordar totalmente, o tempo faz com que esqueçamos as coisas boas, com que os sentimentos ruins aumentem, e coisas intraduzíveis como a saudade seja sentida e seja insuportável. Ele também apaga coisas como o amor, sentimento que não deveria ser esquecido por ninguém, pois depois de apagado só restam às mágoas e ninguém quer viver delas certo?!
  Chorar é uma parte da vida, amar e se ferir também. A única coisa que considero errada nessa “evolução sentimental” é esquecer que amigos também podem sentir ciúmes, que um abraço é sempre bom independente de hora e lugar, que amigos devem sim ser pra sempre e de confiança não meros bonecos de manipulação pessoal e de acordo com vontades. Devemos olhar para as estrelas e notar o quão pequenos somos perante esse mundo, e que se todos nós de um modo clichê amássemos uns aos outros como gostaríamos de ser amados as coisas sim seriam mais reais, e teriam sentimentos mais puros. O nosso éden é aqui, o erro que cometemos é chamá-lo de inferno e não tentar mudar isso com a nossa fé. Amadurecer demais é perder o que de melhor tínhamos quando pequenos, a capacidade de ver em nós mesmos o que ninguém mais pode ver e acreditar nisso.

Beijos
Natália Moraes Costa
 

Um comentário:

  1. eu sou mt possessivo
    eu sinto mt ciumes
    e fiquei mt puto da cara ctg por sentar virada pro pita no cinema e "me excluir" no HP ._.
    em fim...
    mas passo xD
    entonces...
    sei la
    gostei mt
    parabens
    bjones x]
    <3

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